quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Outono.


Nunca soube muito bem sobre as estações do ano e nem tão pouco quis saber.
Mas hoje parei e percebi o quão generoso o Outono foi comigo; ele e toda a sua beleza em folhas de muitos amarelos. Amarelo que se contrasta a cor da lua naquela noite. E os dias passam rápido demais tão rápido que eu quase não havia percebido que o Outono passou; Passou e me deixou a esperá-lo, talvez para poder encontrar aquele amarelo da lua e repetir o pedido que fiz a sobra da sua luz perto daquela estação de trem meio-antiga; Mãos suadas, olhos estremecidos e poucas palavras emendadas em tom de voz meio-baixo; assim eu estava naquele momento; o coração batia acelerado, até mais acelerado que a locomotiva que vinha de longe e só se ouvia o som do seu apito.E o seu sorriso invadiu seu rosto e quase me fez perder a cabeça; eram vontades que me roubavam a mente cheia dos seus olhares. E que vontade eu tive de te tomar nos braços, antes mesmo da resposta, e fazer silencio para que eu pudesse ouvir sua respiração colada na minha.O pedido foi feito e em meio à noite de Outono ouvi como se fosse um vento cantado a resposta sair dentre sua boca e ali eu plantei minha semente de pé-de-felidade e hoje, seis meses depois, estou colhendo.



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