quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Entre meus erros.

Enquanto o vento fazia musica entre as folhas das arvores,
Eu me colocava de braços apoiados a um caderno velho sobre a mesa,
quase sem folhas; eu não podia errar.
Erros são inevitáveis, e corrigi-los é algo que não sei fazer;
Faço traços sob os mesmos, mas os deixo legíveis;
Esquecer os erros cometidos é o melhor caminho para cometê-los novamente,
e eu quero não mais errar, não mais.
Mas se por um acaso houver de acontecer novamente, que não seja o mesmo erro...
Errei, fiz um traço sob o mesmo, e agora estou escrevendo;
Outra frase, outro texto, outra historia.
E nessa, espero acertar; acertar não em palavras ou coisas do tipo.
Acertar a ponto de fazer nascer o seu sorriso como antes; daquele jeito todo seu.
Seu abraço, quero-o novamente, como se fosse asas de um anjo envolto a meu corpo.
Acertar, da mesma forma que meu olhar acerta ao encontrar o seu.
Acertar e seguir no caminho que por muitos é dito como ‘ caminho errado’ ,
e é nessa hora que faço outro risco e escrevo ‘ caminho certo ‘ e assim quero continuar escrevendo.

Me volto.


Viro-me, reviro, me volto.
Volto há os tempos passados.
Passado que não foi ontem,
Mas que vai participar do meu amanhã;
Fitas cassetes, giz-de-cera, bolinha de gude, pião...
Toca fitas, palavras bonitas e sinceras...
Olhar de esperança, de criança.
Querer de moleque, que cresce e esquece que o mundo gira
feito roda-gigante; e eu sempre tive medo dos dois.
Mas prefiro o mundo da foto preto-e-branco infinito,
Ao colorido iludido.

Ansiedade e saudade.

Noite passada percebi que sou mais ansioso do que pensei ser,
e a ansiedade, por mais incrível que pareça, não é tão mais fraca que a saudade.
A ansiedade me fez rolar de um lado pro outro da cama, como se fosse um caminho por onde eu andei te procurando e mesmo sendo tão pequeno não encontrei.
Não encontrei e a saudade apareceu, tomou lado da ansiedade e fizeram-se parceiras;
A ansiedade que te quer ver chegar; e a saudades que te teve, mas sente falta do ontem.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O ponto.


O vento la fora, que sopra na janela, já esta me deixando louco.
a dias tendo escrever algo ou alguma coisa que explique a você o que estou sentindo.
Mas sempre acontece do mesmo jeito, escrevo e apago, penso e logo repenso,
entendo e logo em seguida noto que é incompreensível, indecifrável...
Talvez tudo isso possa ser resolvido de maneira simples ou simplesmente resolvida em um simples olhar.
contraditório tudo o que digo, não.?
É, notei que estou fazendo como você tem sido pra mim; um labirinto.
E hoje , a poucos minutos, eu quase consegui sair dele, mas me perco novamente
em uma só lembrança; seu sorriso.
É o mesmo que apostar em um querer, e de tanto querer, como diz o autor desconhecido,
nada faço para que consiga chegar a um ponto, um fim ou até mesmo, um ponto final.

domingo, 15 de agosto de 2010

Reflexo.


E assim se passam os meses.
Manhãs que clamam a noite,e noites que se rendem ao dia.
Entre clamar e se render, estou eu,
Em horas que já não passam diante dos meus olhos.
A solidão, parceira que vive ao meu lado, me abraça tão forte quanto o ultimo abraço que te dei.
As lembranças passam na rua aqui de frente a todo instante;tentando me dizer o quão bom foram dos dias com você;como se eu precisasse dela para ter essa certeza...
As rosas, que no jardim da minha casa nascem, exalam o perfume do teu corpo colado ao meu.
Os ventos, estes cantam a melodia que embalava nossas tardes de julho.
O frio e suas faces, cada uma me mostra o motivo dos sorrisos inexplicáveisque em meu rosto surgiam quando eu ao seu lado acordava.
O calor do sol, tenta me iludir, me confundir, Mas o calor dos teus beijos e a proteção que ele me fez, não se confundem.
E por não querer me confundir, é que não olho pra trás...
Por que sempre que olho pra frente me pego sorrindo, revelado no reflexo dos teus olhos.

sábado, 14 de agosto de 2010

Minha poesia.


Palavras, por um alguém, escritas aqui.
Outro alguém, por hora, tentara entender, decifrar...
Esquecendo-se, de que só é compreensível a quem escreveu.
Silencioso, como se fosse poesia de cego.
Inesperada, como a morte do amor eterno.
Assim é feita a minha poesia.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um nômade.




Não sei se amanhã estarei aqui, perto de ti ou em
Outro lugar qualquer, longe ou perto, frio ou quente...
Mas contuarei assim, do mesmo jeito, mudando da mesma maneira, e assim continuando seu...
Amante, cheio de defeitos, virtudes, ou qualquer coisa do tipo... errante...
Devagar , a vagar, sem muito esperar, ou esperando, que um dia por esse mundo tão grande
E tão pequeno, encontre você vagante, como eu sempre fiz, sempre fui...
um nômade...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Um dia de clown.




Hoje eu acordei de maneira diferente.
Foi estranho, admito.
Mas, por outro lado, bom demais.
Acordei e sentei na beiradinha da cama, ali coloquei meus pés no chão e pensei...
mas não pensei em algo, pensei em alguém...
Foi ai que baixei a cabeça e um sorriso surgiu em meu rosto,como se fosse uma nascente de águas clarase com um som de calma que te faz fechar os olhos...e nesse momento, quando fecho os olhos, me vem a imagem mais linda de todas...
Vejo o que, provavelmente, fez com que o sorriso invadisse minha manhã e tomasse meu rosto...
Vejo o que, com toda a certeza desse mundo , faz o meu coração acelerar,acelerar mais do que um calhambeque 78 em uma estrada federal...
Vejo seu rosto, e nele vejo o mais belo dos sorrisos e o olhar mais brilhante de toda uma multidão.
E afirmo novamente, foi estranho.!
Não sei o que me leva a acreditar que tudo isso não tenha passado de um simples sonho,
mas tenho certeza de que ao tocar os pés no chão e sentir o frio que veio até a minha barriga e fez de mim refém de um medo o qual a muito não sentia;
Percebi que o grande se torna pequeno demais perto do seu olhar e sorriso.
Se pudesse pediria a Deus e/ou todos os Santos de que sempre ao acordar o meu primeiro pensamento fosse você, sua imagem ...
Talvez com isso meus dias fossem como o de hoje...
Um dia de sorrisos bobos, de pensamentos esperançosos, de olhares cheios de vontade...
Um dia de clown...