quarta-feira, 16 de março de 2011

Um dia e nada mais.




As horas que ainda tenho sem você estão me deixando mais louco a cada tic-tac do relógio. E agora, tudo o que eu queria era um dia e nada mais. Um dia em que ao acordar eu brindo com um beijo de noite-bem-dormida com você. Um dia em que eu não preciso procurar fora do quarto qualquer coisa que me faça sorrir: ao seu lado meu sorriso parece uma largata num casulo e nasce feito borboleta, assim, do nada. Nada mais que um dia em que eu possa dizer que te amo antes do chá ficar pronto. Um dia em que eu possa sentir seu abraço matinal como se fosse o da primeira vez que dormirmos juntos. Um dia que me falta no dia-a-dia de segunda a sexta quando tudo esta aqui: as lembranças, nosso cheiro, seus bilhetinhos, mas me falta aquele carinho que chega sem jeito e me deixa quieto como criança-carente. O que quero tem o nome de um dia e nada mais, como aquele primeiro, ou talvez como o segundo, ou o terceiro que te encontrei por ai. É um dia e nada mais que te peço, com sol ou com chuva, não me importa o mundo lá fora. O que quero me remete a saudade e me deixa a ponto de pensar na esperança que nunca tive até que me vi olhando para o relógio, de segundo em segundo, esperando que já se fossem mais de meio-dia. E as horas vão passando devagar como se o relógio estivesse sem força. O que eu quero é um dia e nada mais, e que o relógio não se recupere dessa doença que o deixa sem força nesse dia ou que o frio congele o tempo lá fora.

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