sábado, 18 de dezembro de 2010

O poeta e sua poesia.


É por meio da poesia em papel qualquer que o poeta se mostra humano, errante, ingênuo e desconhecedor do mundo em que se vive. É por meio de poesia que o poeta se mostra solitário em sua mesa-de-canto-de-quarto a meia-luz. Por meio da mesma poesia é que se pode enxergar como se escorressem lagrimas nos olhos do poeta quando descrevia ali o primeiro beijo naquele quarto escuro. E é na poesia em que o poeta desenha entre linhas e palavras a beleza do amor que nasceu em encontros às escondidas num canto reservado do parque. E é com letras incansáveis, palavras repetidas e inventadas que o poeta se faz admirador dos detalhes do olhar e sorriso da bela amada. É entre uma e outra poesia que ele coloca sua caneta no bolso, perto do peito, e a enche de tinta-de-te-querer. E é por meio de uma poesia que o poeta desenrosca tudo o que parece enrolado na sua caixa acima do pescoço e se mostra fiel a lembranças que nem mesmo o tempo consegue apagar. N’uma poesia o poeta é bem mais que escritor, é bem mais que um simples aparador de pensamentos. É n’uma poesia que o poeta se coloca em alma e se descreve apaixonado em realidade nua e crua. É na poesia que o poeta faz nascer o amor até mesmo no deserto-da-saudade. E é no meio de uma poesia feita de palavras cuspidas de uma tose de querer a quem se ama que o poeta toma o remédio do perfume esquecido em uma blusa de lã em seu quarto. E é em uma madrugada fria e solitária que a ultima poesia é escrita com lagrimas de saudade pingadas. E é nessa poesia de poucas linhas e de sentimentos escondidos dentre elas que o poeta sussurra no ouvido do vento para que ele leve a sua amada suas ultimas palavras: Amo você!

[É facil poetizar. Dificil é ser o poeta.]

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Talvez amanhã.



Como se não me bastasse uma noite mal dormida, a barba por fazer e o chá frio na xícara amarela, tenho que me contentar com esse dia mal acordado, sem sol e nem canto de passarinho algum. E eu que só queria um pouco de luz solar dentro desse quarto para que eu pudesse melhor enxergar cada letra colocada aqui. E eu que só procurei dentro dessa noite feito baú-velho-de-lembranças um pedaço de fotografia com metade da sua imagem. Eu que não preciso de muito para ser feliz estou me lamentando e jogando nessa ultima folha branca os restos que me restam e vazam por meio dos meus olhos úmidos e avermelhados. E nessa casa aonde cada vão tem dois, três ou até quatro traços do seu corpo, eu me perco e me encontro deitado nesse sofá perto da porta de entrada esperando um “toc-toc” fraco e acelerador pro meu coração-meio-parado. E já me faço entediado com o som do relógio-de-ponteiro que só repete a mesma coisa todo o tempo e o tempo parece parado. E nessa inacabável hora-de-solidão me conforto e me apego em cada fleche de lembrança do seu sorriso que vejo como miragem na parece do teto da sala. E tenho que me contentar com tal miragem e me manter nesse deserto sem que eu possa matar minha sede-de-seus-beijos até que você me venha amanhã, ou talvez, no final de semana sem miragem.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O mendigo da incerteza.




É por medo de acreditar que as pessoas comentem o erro de se proteger criando, como se fosse um casulo, armadura ou coisa semelhante, o sentimento da incerteza. E é por medo também que não fecham os olhos e se deixam levar pelo som da respiração de que se ama. É por medo que se finge feliz enquanto tudo o que se tem são magoas guardadas dentro de um pedaço de tecido esquecido no peito. É por medo e nada além dele que sorrisos se escondem atrás de perguntas sem pé nem cabeça. É medo de quebrar a cara novamente, e de novo, e de novo, por amar ou por ser amado. É medo de segurar em uma mão estendida a você e deixar que o corpo da mesma te guie sem rumo, sem sentido e sem medo. É por medo de abrir a porta enquanto chove e, pensar que a água pode invadir a casa, que todos morrem de sede-de-paixão. É medo, simplesmente, medo de não ser amor enquanto se pode amar. É medo de abraçar com braços feito corrente a causa nobre do aquecedor calor de um corpo que ama. Medo de encontrar no futuro o mesmo erro que aconteceu no passado, mesmo se sabendo que vivemos em um presente e os demais, já se foram ou possivelmente, não virão. É medo de repetir aquela dose de olhares aprofundados e interrogativos em meio ao transito. Nada mais que medo de ser feliz no amor e com o amor e esquecer que resto do mundo existe. É medo ter fome e não conseguir se alimentar com só uma fonte do que te faz bem. E é no medo que nos fazemos frutos do orgulho e nos iludimos de fronte ao espelho. E é nesse medo e com esse medo que eu não tenho medo de ter medo: e elevo minhas mãos de olhos fechados sem deixar que nenhuma gota do meu amor me escape por entre os dedos, pois acredito que meu amor é seguro, tão seguro que me abraça e tira os pés do chão sem receio de que eu o solte. E é com esse amor e por ele que meu medo virou mendigo nas ruas das incertezas: e na porta do que chamo de eu&você ele não baterá novamente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Soma de dois.


O que sinto aqui dentro de mim é maior que quaisquer centenas de grãos de areia multiplicados a milhões de espaços infinitos e me faz cego em querer mais do que posso suportar.
E em noites em que estamos entre as quatro paredes desbotadas do nosso refúgio me faço errante em querer o pecado da carne. Mas quando a manhã chega e você acorda com aquele olhar melancólico e solta um “bom dia” ainda com os olhos entreabertos e a boca aparada em meu braço: o dia se torna felicidade e nada mais. E admito que nem todos os dias são assim como queríamos que fossem, e por isso escrevo. Escrever trás-me lembranças e o silêncio em que me mantenho deixa-me perceber, meio que por alguns segundos, o seu cheiro em cada palavra desenhada com essas letras pouco legíveis. E é escrevendo que posso lhe dizer, mesmo que á distância, tudo o que sinto. E vejo como que por reflexo o mesmo transmitido a mim por cada sorriso de sinceridade que descubro em seu rosto quando lê. Sorriso que brilha e transparece o seu amor em detalhes indecifráveis aos olhos alheios, e meu sorriso só espera o seu para tomar meu rosto e dividir com você essa soma de dois que se chama: amor.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

E nem sei se vai chover.


Quero descer a rua andando sozinho e se possível na chuva.
Estou cansado dos dias cansativos em que nenhuma gota do seu cheiro encostado a minha pele. Estou farto de tantos olhares indignados com meu exagerado amor por onde passo (E me farei cego hoje para estes). Quero andar e sentir o vento que corta as ruas por cima e por baixo sem deixar rastros. Nessa rua onde a terra batida é como asfalto, eu só quero andar e seguir em frente do jeito que estou vestido: com meus tênis anos 90, minha camiseta suja e adormecida e minha bermuda sem cinto que fica a cair todo o tempo.
E a chuva por fim deu suas caras e agora o cheiro do asfalto-terra sobe em forma de uma fumaça evaporada e evadindo-se como se estivesse a fugir de algo e logo some: e meu amor se evadiu por ai, fugindo do meu corpo e indo a procura do seu. Mas a chuva não dura muito e parece que ela não conseguiu me trazer seu cheiro: só me trouxe boas lembranças e as mesmas não se foram com a chuva. Lembranças que não ignoro e passo a caminhar sorrindo feito moleque arteiro que sou. E essas lembranças passam a me arrastar querendo me levar a você ou querendo te encontrar em alguma dessas esquinas que cortam as ruas por onde passo (Mas é impossível você esta do outro lado da cidade e não do outro lado da rua). Em um momento de loucura sento-me em meio à rua e escrevo seu nome na terra molhada e quem passa por ali só me entende como louco e nada mais e eu já vou a diante e me descrevo único e solitário amante do que tenho escrito em terra molhada com o tom de sua pele em meio a o quarto a meia-luz. Levanto-me e quero voltar para casa e buscar mais lembranças e um pouco de água em uma garrafa qualquer para tirar minha sede. Mas já estou cansado novamente e só queria descansar encostado em seu braço esquerdo por todo o resto do dia e da noite que ainda a de chegar: e nem sei se ira chover.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O amor colocado em segundo plano.


O amor colocado em segundo plano: como se isso fosse possível a quem ama de verdade. E nesse mundo “moderno” e cheio de contradições eu encontrei mais uma.
Pessoas amam um amor com idade: como se o amor só nascesse aos 16 anos e o resto fosse tudo “passa-tempo”; essas pessoas me deixam mais burro a cada dia que passo vivo. Sim, porque sempre que tento entender um ser que acredita no amor cheio de luxo não vejo um só motivo que me leve a crer que ele tem razão: O amor é rico em muitas coisas e não se venderia por tão pouco como algumas pessoas tentam comprá-lo. Essa modernidade de supermercados e lojas de eletrônicos aos poucos consomem tudo o que podem de seres afundados em falsas propagandas coloridas e cheias de números: e jaja iremos ver caixa de amor sem açúcar, com adoçante ou quem sabe um misto de amor com ódio meio morno. Vermes, vivem buscando um amor bonito e cheio de forma: como se o amor tivesse cara. E eu só olho por dentro do meu quarto em meio às cortinas azuis e a janela entreaberta e me faço risonho em muitos momentos. Mato-me de rir com piadas de amores de esquina que passam em carros bonitos e com olhos azuis – quase cor da minha cortina. E nessa mesmice absurda, onde burras e amebas fazem do amor um produto perecível com prazo de validade, recolho-me à meia noite e deito-me em minha cama com uma bela xícara de chá-de-lembrança e vou dormir sabendo que meu amor não esta vencido e nem tão pouco terá data de validade: pois ele nasce todos os dias.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A beleza em ser amor.


Horas intermináveis se alongam em um relógio de ponteiro na parede do quarto e eu só conto os sessenta segundos finais de cada uma delas.
Não me admito solitário assim como estou hoje e não me quero assim quando o sábado chegar. Espero por dias que conto nos dedos das mãos o sol aparente de uma manha de fim de semana (Já sabendo que com o sol você virá). E como eu espero cheio de vontades: e elas são tantas que chego a sentir o seu cheiro diversas vezes em que só estou a pensar na sua pele. E me faço calmo e paciente por saber que minha pressa de nada vai valer e não vai mudar a cor do céu-de-dia para cor de céu-de-noite. Hoje, já me faço feliz por toda a felicidade que você deixou guardada no bolso da minha camiseta de botão a ultima vez que esteve aqui. E já não me faço um amontoado de motivos para não enxergar o que esta em minha frente como espelho que reflete todos os meus dentes tortos e por dentre eles uma vontade louca de chamar teu nome baixinho no canto da cama ainda bagunçada da noite passada. À noite a qual pude descobrir que o amor tem sua beleza e pode ser dividida em três corações que batem em uma só sintonia (O terceiro coração descobri quando encostei meu ouvido em sua barriga e tudo ao redor se fez em silencio pro meu querer). E hoje sei mais do que ontem e saberei amanhã bem menos que hoje de que encontrei e descobri entre as horas infinitas em um relógio de parede, dias com duas cores, uma cama bagunçada e um sorriso torto no espelho: a beleza de ser amor.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Meu plano.


A noite em dias da semana quando você não esta aqui é que penso e repenso tudo sobre meu plano de te roubar. Roubar-te e tomá-la por completa para mim: com documentos, tipo posse, sem deixar nome, endereço ou rastos donde vamos. Quero apenas encontrar uma maneira de não ser pego ou de que meu plano não de errado. Quero sair de casa em uma madrugada gelada de sexta feira, pular o portão do condomínio (Mesmo que eu leve choques, não me importa) e quero chegar na janela onde você se encosta e pensa em nossos planos e vontades. Quero roubar-te como em um filme de ação-romance ou romance-ação. Talvez tivéssemos que voltar para minha casa andando e olhando para trás o tempo todo em desespero. Mas vou sempre estar de mãos dadas a você e vou te conduzir no caminho escuro das ruas em madrugada. Talvez eu consiga roubar um carro (Um fusca de preferência) só admito não saber fazer aquelas ligações que se faz em filme e nem sei como abrir a porta sem a chave. Mas não importa, o que vai importar mesmo vão ser as lembranças no dia amanhecido e cheio de risos medrosos em rumo a felicidade. Abraços trêmulos e ainda com um sentimento de receio de coração apertado: por medo ou inquieto por desejos. Desejos roubados e agarrados a nossos olhares que nessa hora já estarão fixos em um horizonte defronte a nós. E sem mais motivos, quero apenas te acariciar os cabelos e afirmar dizendo a seu ouvido esquerdo: Meu plano deu certo!

sábado, 4 de dezembro de 2010

O segredo.


É um segredo, quase um labirinto, e me perder já me parece necessário para entender o que se esconde por trás desse escudo de olhos luminosos.
Uma barreira feita em minha frente e eu não sei como passá-la, jamais usarei da força bruta. O que quero é descobrir, cavando devagar, por entre essa pele parda e pálida até chegar ao meio, ao centro, onde devo encontrar um coração, talvez vazio, por hora, cheio de um sentimento de esperança, ainda não sei. O pouco que sei tem me levado a dias inquietos, tentando ler no mapa do seu sorriso o código, a chave ou palavra secreta.
Mas não vou me tornar tão mais impaciente, vou esperar. Pensar de uma forma imperfeita a maneira de chegar ao perfeito dos seus abraços e beijos. E quando o calor que foge do teu corpo me indicar o caminho por entre o labirinto e não houver mais a necessidade do segredo, usarei a chave ou palavra secreta para tomar o que há de mais precioso dentro de ti: o teu amor.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Gotas d'água no telhado e pensamentos no mesmo ritmo.


Abaixo das gotas d’água que caem do céu e o telhado do meu quarto que ampara todas elas (Como se fosse eu a te amparar em meu peito), estou eu com meus olhos colados na parede meio desbotada com um azul cor-de-céu-de-primavera. E penso em tantas coisas, quase que no mesmo ritmo da chuva que cai sem parar; e eu não paro de pensar. Penso em todos os momentos em que falar bobagens nos parecia mais sério do que falar seriamente sobre bobagens. Em vezes as quais o silencio se fez presente e você dormiu do lado direito da cama jogada em cima do meu braço e chegou até a me babar feito criança. Espero a cada gota que bate no telhado com mais força para pensar no meu amor por você; a gota com mais força e o pensar em meu amor por ti se parecem bastante. Chego a lembrar daquele abraço na chuva que me parece estar acontecendo no exato momento em que o descrevo e escrevo (O cheiro da terra molhada esta invadindo meu quarto e eu não posso evitá-lo). Minha pele sente como que por um vento vindo da janela pouco aberta o seu tocar na minha nuca me fazendo arrepios. E a chuva não para e não parece querer o fim e com o mesmo rumo que ela os meus pensamentos surgem e tomam minha mente (Nessa hora meu pensamento se encontrava perdido em você). A musica cantada por cada gota tocada ao telhado me leva a um cochilo inesperado e eu mal pude me arrumar na cama. Como quem toma um susto eu acordo sem saber o que aconteceu e já de inicio percebo o céu-azul que surge dentre nuvens da chuva que já não cai sobre o telhado. E eu simplesmente paro e penso, sorrio e olho pro lado direito da cama e parece ter a marca do seu corpo como se você estivesse dormindo ao meu lado; E acredite, não foi um sonho.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Você.



Olhos de um castanho escuro e avassalador. Cabelos pretos de um brilho estranho; Lábios macios como um bom cobertor de lã e o desenho sedutor que invoca a vontade incontrolável de morder; Dentes brancos como neve – e pouco tortos admito; Mas que juntos ao belo desenho dos lábios formam um tal sorriso encantador. O perfume da pele parda me inspira ao pecado da carne; vontade louca de tomá-la em meus braços e tocar-lhe o corpo com todos os dedos; E por falar em corpo, esse é de longe, o mais lindo desenho já feito por Deus ou quem quer que tenha feito. E eu apenas admiro, como que almeja alcançar o horizonte só com os olhos. E eu admito; me apaixonar por cada detalhe seu tem sido a minha sina, posso assim dizer, e te amar com meus olhos castanhos que se nivelam aos seus é mais que necessário pra que eu possa dormir e acordar sorrindo e ter a certeza de que sonhei com você.

Consequencia.


Não me importa os meios e nem tão pouco os fins. A verdade é que as conseqüências viram; só não sei se boas ou ruins.
Tudo que se é feito de maneira impensada acaba nos trazendo o doce sabor amargo do possível arrependimento. Possível, pois eu mesmo só arrependo de não ter feito nada para que a possível possibilidade de me arrepender fosse nula. E acredite; nada que se é feito fica sem um efeito. Efeito como o de uma rosa, que nasce linda, perfeita, pode-se dizer assim. Com o passar dos dias ela se abre como um coração a receber um novo amor. Mais dias se passam e o perfume já não é o mesmo e o efeito já vem se mostrando feito. A primeira pétala caída ao chão mostra o possível arrependimento por ter aceitado vir ao mundo; Encantar olhares com sua beleza, enlouquecer amantes do seu perfume e o ultimo efeito surge; e esse é o maior de todos os efeitos ou até mesmo conseqüência; O fim...
O fim é lamentável, doloroso e sem volta; assim como a morte de um amor que não teve o que precisava para se manter vivo, quente, acesso. E o preço é impagável, inigualável. O preço é a saudade que aqui comparo como os espinhos da rosa citada; Bela e perfumada, seu brilho que me tomava os olhos. E hoje me machuca, arranha com toda a sua conseqüência o que eu chamo de coração apaixonado.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E na pratica.


Na pratica, o amor é tão estranho quanto os primeiros passos de um bebê. Amar pede esforços que nem a maior força de vontade consegue superar e às vezes o amor não pede nada. Amar é como maré; às vezes cheia outrora vazia, seca, com a areia aparecendo quase que toda. Não se pode compreender o amor e eu aqui só estou tentando compará-lo; eu jamais tentaria entender, não sou tão tolo assim e também não quero enlouquecer antes dos 40 ou viver lúcido sem minhas doses de amor aos 23 anos. E para todos que acreditam que o amor é criativo a ponto de jogar na pele como tatuagem sua imensidão ou cantar em musica pro mundo inteiro ouvir sua mais perfeita definição; Acredite, o amor é burro! Ele é burro demais e isso não provara nada; o amor é tão burro que nasce até no escuro e se apaixona por detalhes. O amor e suas dimensões inigualáveis a qualquer outro sentimento; seja ele puro ou venenoso. E tolo é o homem que se descobre apaixonado somente depois de ter mudado da cidade onde sua paixão mora; a distancia vai matá-lo pouco a pouco. O amor se apaixona todos os dias pelo mesmo olhar, sorriso, cheiro da pele suada ou molhada da água da chuva (Esse é o amor que sinto por ela.). E eu sinto pena de quem se esconde do amor; e de quem o mostra demais também; Mas mostrar o amor por todos os lados não é um erro, porém, pode não ter lugar no corpo amado para tanto amor, calor, desejos e vontades. E seus mistérios indecifráveis a quem olha de fora; todos falam mal de quem ama com sinceridade; só não falam quando o amante é ele mesmo. Amor descriminado sem motivos e traído por olhares que pouco conhecem suas historias e seus motivos. Não se nasce um amor sem ter a quem amar ou o que amar, mas nem sempre esse amor vai ser regado por quem é amado. A quem acredite que o coração não sente nada e não se altera de maneira alguma quando se esta apaixonado; amando como fogo ardente que se apodera de toda madeira jogada a ele; Mas eu, por muitas vezes vi e senti também quase que um infarto de ciúmes; Isso por que o amor é ciumento, medroso e não acredita na morte; Mas quando morre, chora, lamenta e tenta matar de pouco a pouco com lembranças quem o alimentava dentro de si. Não sei se estou certo em tudo o que escrevo aqui e também não quero procurar saber. Estou falando do amor afinal e o que nessa vida é mais ou menos incerto quanto ele mesmo? Diga-me! Isso é tudo amor e na pratica é bem pior que cair ao tentar dar os primeiros passos.