segunda-feira, 18 de julho de 2011

De repente.


De repente meu coração apertou, e no canto da cama onde me aperto a você esta sobrando espaço no sobrado que chamo de quarto. Não sei, talvez eu só esteja sentido falta de te sentir perto ou talvez seja falta do que me falta. E nessa noite onde o frio tenta me fazer companhia, tudo o que eu mais preciso é o seu calor para que ele possa entender que não é bem vindo aqui. Preciso de uma noite que pareça mal-dormida por todas as vezes que acordo só para beijar seu pescoço e ter certeza que tudo esta bem. Posso parecer dramático em meio a esse drama todo, e posso querer parecer necessitado em meio à necessidade do seu abraço-abrigo-protetor. Mas é que de repente, meu coração apertou e fez os pelos do meu braço arrepiar. Esse coração que aperta é o mesmo que muda o ritmo rotineiro quando vê um sorriso seu chegar sem avisar e invadir meu olhar. Olhar que pede fixo entre uma brecha da janela do quarto que você chame meu nome no portão – e não me importa se é noite ou dia. É que se é dia e não tenho você aqui, não chega a faltar o sol, mas a luz dos seus olhos me importam mais que um dia claro. E se é noite e você não esta aqui, a lua vem de braços dados ao frio e juntos tentam tomar conta do cantinho da cama que pede você. Mas é que de repente meu coração apertou e eu só pude fechar os olhos e pedir, feito criança que chora, um vento sobrado que me traga a sobra do seu perfume. E por fim, meu coração desaperte.



Texto um tanto antigo e uma tentativa de voltar com o blog.

3 comentários:

  1. Bian, que saudades do seu texto, tão lindos e exatos como sempre *-*

    ResponderExcluir
  2. Tentamos não sentir falta, tentamos não deixar transparecer o quanto a gente necessita de tudo o que nos foi dado e tirado de supetão, como um castigos, mas a verdade é que sempre demonstramos o quanto somos dependentes, e essa dependência é tão mesquinha, tão presente sempre, nunca se deixa maquiar. Adorei tuas palavras.

    ResponderExcluir